Percebo que muitos clientes se decepcionam com o carro quando "começa a dar problema". Às vezes, nem têm condição de investir na troca do carro por um novo, mas se apertam para fazê-lo, para "ficarem livres da bomba". Na maioria desses casos, percebo que há uma expectativa exagerada em torno da capacidade do automóvel em resistir, por tanto tempo e uso, sem os devidos cuidados. O fato é que a maioria dos carros foi feita para resistir por muito tempo e uso, desde que lhe sejam dispensados os mínimos cuidados. Cuidados, esses, que só um conhecimento técnico aprofundado sobre o seu carro é capaz de proporcionar.
A menos que você tenha condição financeira folgada para trocar de carro, periodicamente - a cada dois anos ou 30.000 km, NA MÉDIA -, é muito melhor que você invista na recuperação mecânica do seu veículo e adote uma disciplina de mantê-lo em ordem, sem deixar que os defeitos, desgastes e desregulagens se acumulem novamente, gerando despesas altas e evitáveis, do que se endividar com a compra de um carro novo num momento inapropriado. O carro novo poderá lhe dar menos despesa de manutenção mas, em contrapartida, você terá o seguro mais caro, a depreciação mais acelerada, as revisões obrigatórias na concessionária e as prestações do financiamento para pesarem no seu orçamento.
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